ROGÉRIA BARBOSA
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ROGÉRIA BARBOSA

Rogéria Barbosa

 

Rogéria Barbosa, nascida e residente no Rio de Janeiro, é uma artista plástica negra multifacetada. Ela também é escritora, capista, palestrante e tem formação em educação infantil. Ela é uma voz engajada na luta antimanicomial, sendo integrante do bloco Zona Mental e do Atelier Gaia, um coletivo de artistas do Museu Bispo do Rosário Arte Contemporânea, localizado no Instituto Municipal de Assistência à Saúde Juliano Moreira, na antiga Colônia Juliano Moreira. Rogéria encontra nesse ambiente um espaço fértil e acolhedor para sua expressão criativa.

 

Em sua prática artística, Rogéria explora o universo do desenho e da pintura, amalgamando abstração e figuração. Suas obras são uma tentativa de traduzir seu profundo universo sensível em forma, muita cor e linguagem visual. Seu trabalho convida o espectador a mergulhar em um mundo onde o concreto se mistura com o efêmero, e onde a realidade se funde com o imaginário.

 

Rogéria já expôs no Museu Bispo do Rosário Arte Contemporânea, no Rio de Janeiro, e no Itaú Cultural, em São Paulo, entre outros museus. Uma de suas obras foi selecionada para integrar a V Bienal de las Artes y La Salud Mental, em Cuba (2009), como parte do projeto Cartografias da Criação.

Resistência existência Rogéria

Rogéria Barbosa na sua exposição no Museu Bispo do Rosário                     “Preconceito II”, 2021

 

Informações completares

 

“A arte para mim é transformação, movimento, é cura, uma construção, a busca por acolhimento”, seu primeiro contato com a arte foi traumático e se deu na escola. “Foi enlouquecedor. Eu tinha seis ou sete anos, quando fiz um desenho para uma professora, mas quem o entregou foi uma colega minha”, lembra Rogéria, referindo-se ao descrédito da professora, ao ver o que desenhara.

 

A partir da negação da professora, diz, veio também o bloqueio artístico, que iria deixá-la afastada do mundo artístico por aproximadamente vinte anos.  “Eu retomo esse trabalho com um esforço muito grande no Centro de Atenção Psicossocial (Caps), e com ajuda da minha tia e madrinha. Ela viu um risco meu e exclamou: isso é arte! Foi ela que me trouxe novamente um olhar crítico em relação à arte”, lembra.

 

Conforme considera Rogéria, o Caps foi fundamental não só para essa retomada, como para um “recomeço de tudo”, principalmente diante das constantes crises de borderline. “Eu saía de uma internação e logo estava em outra. Sem a arte tudo na minha vida era enlouquecedor. A arte me reconstrói”.

 

Ao falar de seu processo criativo, Rogéria explica que gosta de “liberdade na hora de criar” e por esse motivo não costuma trabalhar sob encomenda. “Não gosto da minha arte como uma coisa manipulada, viciada. A minha arte é livre”, destaca.

“A mulher preta dentro de mim. “Eu sou mais eu não desejo”, 2019                     Sem título, 2021

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